Infelizmente, o que vemos nos Sistemas Municipais de Ensino é uma total falta de incentivo a participação de pais e professores nas discussões de políticas públicas escolares. Pois, em não tendo participação da comunidade, perde-se o controle social e tudo que envolve verba e recursos, passam a ser, livremente, manipulado segundo as intenções políticas e empresariais, conforme as conexões público privado atuantes dentro e fora dos municípios.
Há, em geral, um dilema: os conselhos são necessários, para atrair, indiretamente, para o município, verba, de impostos empresariais, via fundeb, contudo não é interessante, para quem não quer descentralizar o poder, que os conselhos sejam ativos, de fato. Daí, a manipulação ocorre quando, não havendo ninguém querendo fazer parte dos conselhos desprestigiados, surgem, então, determinadas pessoas que acabam atendendo a convites dos mandatários ou comissionados, para assumirem cadeiras dentro dos conselhos, porém estes convidados, já chegam ao conselho com vícios de direcionamentos, que são geradores de conflitos de interesses direcionando suas ações.
Contudo, sabemos que o caminho é simples: primeiramente, precisamos tornar visível o Sistema Municipal de Ensino, depois precisamos que os conselhos possam ter suas atribuições consideradas conforme preconiza a legislação, as pessoas precisam saber que não estão sendo figurativas dentro de uma instituição figurativa. Assim, a partir daí, teremos controle social e deliberações que passarão a zelar pelo uso do dinheiro público para que, este, possa , realmente, gerar recursos pedagógicos, o que irá fortalecer a aprendizagem. Realçando, também, a valorização das reuniões pedagógicas como instrumento de percepção de problemas e soluções a nível da atuação pedagógica no dia a dia dentro do sistema escolar e da educação infantil. Por fim, se faz necessário, ainda, enxugar, a burocracia manifesta no excesso de controles executados, pelos próprios professores.
Portanto, se faz necessário que se promova os fóruns da educação municipal e dos Conselhos Escolares, como aponta a legislação, também habilmente ignorada por mandatários centralizadores de poder.
Professor Me. Celso Piarelli.